Editorial

Já são 14 anos. E contando

Há exatamente 14 anos, datado deste sábado, o Theatro Sete de Abril era fechado e não abria mais de vez. Claro, ocorrem algumas atividades por lá, mas é tudo limitado. Como conta a reportagem de capa desta edição, há uma geração inteira de artistas que não pisaram no palco sagrado de um dos espaços de arte mais tradicionais do Rio Grande do Sul. Há, ainda, uma geração inteira de pelotenses, de nascimento ou por adoção, que nunca viveram a experiência de sentar ali e assistir a um espetáculo.

O Diário Popular, com 133 anos, acompanha boa parte da história dos 180 anos do Theatro Sete de Abril. Contamos em detalhes tudo o que vem acontecendo desde o fechamento. E é uma dor noticiar, a cada vez, que não há uma expectativa de data certa para abrir. Agora, fala-se em segundo semestre, mas em ano eleitoral e com a burocracia das licitações, há que ser otimista para isso. Tomara!

O diretor do Sete, Giorgio Ronna, que ocupa a pasta municipal criada para gerir o espaço há quase quatro anos, conta na reportagem as maravilhas que vêm acontecendo em apresentações fechadas para poucos ou atividades discretas. É uma pena que tudo isso não esteja ocorrendo à pleno para toda a comunidade ainda. Já há mais de um ano desde que a parte estrutural está concluída e agora ficamos, mais uma vez, esperando os pingados para conseguir algo.

Passaram algumas gestões desde lá. São três prefeitos. São alguns quantos secretários de cultura e outras pastas. E, até aqui, nada resolvido. Sabe-se que ninguém quer ver o teatro fechado, mas a morosidade para tudo é revoltante do ponto de vista do cidadão interessado em cultura e em viver a cidade. A gente vê, a cada oportunidade, que a comunidade pelotense é sempre sedenta pela oportunidade de consumir cultura. Ter um espaço público dessa magnitude reaberto é urgente.

A expectativa, agora, é que tudo realmente ande nos próximos meses e a gente consiga a alegria de ter o teatro à disposição da comunidade. Valorizar essa parte de nossa história e da nossa potencialidade é investir em incontáveis frentes: cultura, entretenimento, empreendedorismo, turismo, educação, fazer a economia girar e melhorar a autoestima da população. Entre tantas outras possibilidades.

Que o Sete volte logo!

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